quarta-feira, 25 de abril de 2007

macarrão instantâneo

eu sou tão hipócrita com isso aqui que entrei num disfarce terrível , cinza e melancólico, diferente de qualquer parte de mim. tá, tudo bem! tem algumas partes que são só isso mesmo, mas definitivamente não é o que prevalece.
palavra-chave do mês: crise. pronto, passou. agora deixa de bobeira e pára de escrever sangrando!

a bandinha mais querida de todos os tempos acabou por uns tempos. mas quem se importa? bom, eu. mas é que quando as coisas resolvem fluir, elas fluem mesmo e dão pra render que é uma beleza. até meu tempo parece que duplicou. e eu vou continuar colocandos os velhos cds pra tocar mesmo décadas depois.
minha felicidadezinha com cara de instântanea e medíocre me comove.

achei um textinho besta feito no começo do ano passado. alguma coisa como: eu tento escrever mas só consigo escrever sobre amor. indignada, a pobre de mim! e nem sei porque. eu sempre soube mesmo que é esse meu amor tolo, cego e antiquado, o motivo de tudo. minha vida gira em torno dele e isso me parece até banal. mas a banalidade não é exatamente o trivial, diriamos, o desamor?
mas é como eu dizia.. quem se importa? dessa vez, assumo que não.

terça-feira, 17 de abril de 2007

azul laranja e cinza

eu tô mesmo é cansada sem saber porque. a minha incapacidade me incomoda. aliás, no plural, as minhas incapacidades. eu detesto uns verbos. tenho horror ao pretérito das coisas que eu não conclui e que acabaram sem que eu pudesse mudar, sem mover uma palha. eu deixo de acreditar nas coisas que eu prego, mas por uns instantes. logo tudo volta pro gerúndio. eu me confundo nos meus próprios ideais, mas que porra de ideais são esses que eu vivo lutanto contra?! ideologismo, que nada! quê que eu quero afinal, eu já não sei. sei que eu quero acreditar nas coisas e aprender alguma coisa e ouvir meus próprios conselhos sobre coisa nenhuma. eu quero um mundo de coisas, mas eu não quero nem uma beiradinha do mundo.
eu quero absorver.

domingo, 8 de abril de 2007

friendship

eu perdi as contas de quantas vieram ou quantas se foram. de certa forma, elas continuam por aqui. dão as caras, fazem promessas e depois vão embora denovo, mas eu sinceramente prefiro assim.
no fim, ficam as sobras. as sobras de mim e das histórias. e elas.
meu grilo falante insiste em dizer que qualquer hora elas vão também, mas enquanto isso não acontece, eu vou mesmo acreditando que elas permanecerão. elas tem de permancer. porque veja bem, é delas que eu preciso em tardes cinzas ou ensolaradas. de uma presença e só. não necessariamente a presença física, mas a de palavras. porque eu faço muito mais questão de palavras do que de corpo, aah.. muito mais! se bem que as vezes, nem isso eu quero. e exijo muito pouco, porque no fim, eu já tenho tudo delas. mesmo quando elas só ganham em retribuição um sorriso nem tão sincero assim, ou apenas cacos de mim.

pra elas então, a palavra mais bonita que tem.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

de volta

esse calor todo me fez perder a palavra. essa coisa toda tórrida me fez perder a vontade. eu não quero mais não ter o que querer por querer demais. e ah!

eu quero meu banco de madeira do jardim, que me deixava ver todas as estrelas do mundo, de volta.

terça-feira, 3 de abril de 2007

isso

o impacto das coisas que você me disse eu só fui sentir hoje, umas quinze horas depois de você dizer. as coisas não, uma delas. as outras ainda estão sendo processadas.
eu só percebi o tamanho daquilo quando fui contar pra ela, que me olhou com olhos tão arregalados que eu tive que parar pra pensar. então, era verdade.
todas as coisas que eu pensei impossíveis, aconteciam enfim. porque na verdade, eu fui tola de acreditar que dessa vez seria diferente. as coisas acontecem, inevitavelmente e sem exceções. é certo que eu estou sendo pessimista, e que pode até ser que nos próximos dois minutos tudo se inverta, como se inverteu na noite passada. mas por enquanto é mais ou menos assim que eu me sinto, como se de leve eu já estivesse perdendo você.
ontem a noite, eu nem senti. dormi leve e eu diria até, anestesiada. mas de qualquer forma, foi maravilhoso me ver sangrar denovo. eu me lembrei que, ora ora vejam só, eu ainda sei ser forte com essas coisas e fingir que "por mim? tudo bem!". isso sem falar o quanto a sua sinceridade me fez bem. eu insisto nessa de que é melhor ver meu castelo de areia desmoronar aos poucos do que de uma vez, porque assim eu posso, também aos poucos, ir reerguendo as bases nada sólidas que um dia existiram ali.

ela me perguntou se nós estávamos em crise. e eu disse que não.
porque eu acredito, veementemente, que não.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

demais ou demenos

é tanta coisa. e tão pouca coisa, que eu já nem sei.
me parece mínimo e me devora.
tenho disso... e o Amarante já tinha mesmo me dito, eu não sei medir.
é palavra demais e palavra demenos.
vontade demais coragem demenos.
ou o contrário e eu já nem sei.

ele veio e me disse (ou fui eu quem disse?). apareceu por lá, e eu nem chamei. intrometido que sempre foi. e eu que sempre perco a fala, olhei até a vista se embaçar. olhei tanto que já nem me lembro. acordei cantando, entre tosses, " l'amour hum huuum, pas pour moi..", e só por isso um flash do sonho voltou. mas também, quem se importa? eu mesma, tenho mais o que fazer.