quarta-feira, 4 de março de 2009

março

já é março... e mais uma vez tudo finge estar parado no lugar. perdidas no tempo e no espaço, as palavras se conjugam no ar que se acumula nos pulmões. vão perdendo seu brilho de bolha de sabão.
mais uma vez tudo estaca na indisciplina do tempo e no excesso de afazeres que poderiam não ter a menor importância. se não fosse você e o outro, e os medos e os planos pra daqui uma semana ou um ano ou sete. se não fosse a vontade de ser.
mais uma vez tudo vira vertigem e sonolência e você não pensa, só pra poder se perder de você. de mim. e se engana nessas máscaras de cristal. absolutamente inúteis. feito carnaval acabado.
tem coisa que não dá pra calcular: até onde vai uma dúvida existencial, até onde o amor pode ser estúpido, até quando vai se deixar costurar essa teia interminável de ilusão, até onde tudo pode não ser só ilusão, até quando vai o sacrifício, até quando vai deixar as pessoas se perderem. até quando um sorvete pode ficar fora da geladeira antes de derreter?

- só até março.