segunda-feira, 27 de abril de 2009

monocromático

agora fica assim: preto no branco.
as coisas já não são mais as mesmas, e eu já não sou mais tão crua. pinto minhas muitas cores em meio tons de cinza e você acredita.
as coisas querem se esclarecer. você diz que sim, mas não deixa. eu me esforço, e algumas coisas acabam surgindo: conclusões precipitadas, invenções, deduções, ponto-e-vírgula, pontos-final. mas no fim, vários pontos-final são reticências. só que pra mim já basta delas.
quero mais assim 'pão pão, queijo queijo', mais praticidade, mais realidade, menos fixação. mais contraste na falta de cor.
e as coisas continuam coisas e talvez não queiram se esclarecer. mas nós continuamos falando em metáforas.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

páginas em branco, objetos coloridos

sabe quando você já não entende mais? é assim. você já não sabe se é mesmo tão necessário sentir ou ser, e se dá pra acreditar ou não. e isso por si só já é não acreditar. se esforçar pra não doer, dói muito mais do que se imagina. porque afinal, nem se quer se imagina.
é não se afogar na própria dor, se alçar pela própria consciência. mesmo que às vezes o que mais se quer é não ter tanta consciência. ficar imune.
e esquecer. apagar. se apagar. desapegar.