eu quase não escrevo à caneta, prefiro lápis ou teclado. quase não uso maiúsculas. prefiro o frio ao calor e sempre voto no bege. falo pra, tô, que nem e num.
das janelas cilíndricas (ou seriam ovais?) do avião eu via a neblina que encobria o mundo, com leves rabiscos feitos com giz de cera azul. mas afinal, quem é que haveria de andar ali? se bem que, cá entre nós, não seria má idéia. sentar bem ali na asa, cabelos soltos, perdidos na poeira do vento. e o mundo, visto lá de cima, que nem maquete.
e a morte devia ser assim, como eu já havia dito, mas agora podia ver: branca. o nada branco das nuvens. ou o nada branco, do azul. claro, escuro, marinho, anil. nada de cinza ou vermelho, eu bem sei. de certo, dos sonhos.
eu nem queria bem exatamente, mas voltar pra casa sempre tinha aquele gosto de cansaço e ressaca da vida que eu aprendi a gostar e mascar, como se fosse chiclete de morango.
domingo, 22 de julho de 2007
quarta-feira, 4 de julho de 2007
acento agudo
já é mais de meia noite e isso definitivamente não era hora de dar login. mas o caso é quase que inevitável. acontece que doeu meu coração ler aquilo escrito com acento agudo. jornalísmo, eca! mas ai veio o contexto que doeu bem mais. doeu mesmo foi ver a hipótese de que não existe mais. droga! nem era pra doer. como é que dói em você uma coisa que nunca foi sua? ou que você nem sabe se quer que seja? dói mais ainda encarar a verdade: eu quero que seja. se não quisesse, não doía, era simples assim.
meu medo é nada mais nada menos do que uma das minhas milhares e milhares de fraquezas. eu tento escondê-lo atrás de uma porção de argumentos totalmente cabíveis, mas num tem outro nome não, é medo mesmo! é um medo danado de dar errado, de escolher errado, de acabar em frustração, de ficar pobre e ir morar de baixo da ponte, de ter que ouvir dizer depois: eu bem que te avisei!
é babaca e tudo mais, mas dá vontade de socar essa sociedade capitalista que só pensa em grana e me faz pensar também. meus (ditos) ideais deveriam sobressair, passar longe desses pensamentos tristes, me deixando escolher em paz. mas não dá! eu devo um monte de gente. devo figurativa e literalmente falando.
(merda!) eu sou hipócritazinha de mais. passo o tempo todo querendo abraçar o mundo, mas não sou capaz de esticar meus próprios braços. the time is over, baby. over! entendeu? a-c-a-b-o-u. veste essa porcaria de camisa e abre os braços pra você. admite! olha pro espelho, vê. pára de fingir que não entende, pára de se confundir. pára de ter medo. que medo só te enfraquece, só te diminui. e diminui tanto e tão rápido que daqui a pouco você nem alcança o espelho mais.
meu medo é nada mais nada menos do que uma das minhas milhares e milhares de fraquezas. eu tento escondê-lo atrás de uma porção de argumentos totalmente cabíveis, mas num tem outro nome não, é medo mesmo! é um medo danado de dar errado, de escolher errado, de acabar em frustração, de ficar pobre e ir morar de baixo da ponte, de ter que ouvir dizer depois: eu bem que te avisei!
é babaca e tudo mais, mas dá vontade de socar essa sociedade capitalista que só pensa em grana e me faz pensar também. meus (ditos) ideais deveriam sobressair, passar longe desses pensamentos tristes, me deixando escolher em paz. mas não dá! eu devo um monte de gente. devo figurativa e literalmente falando.
(merda!) eu sou hipócritazinha de mais. passo o tempo todo querendo abraçar o mundo, mas não sou capaz de esticar meus próprios braços. the time is over, baby. over! entendeu? a-c-a-b-o-u. veste essa porcaria de camisa e abre os braços pra você. admite! olha pro espelho, vê. pára de fingir que não entende, pára de se confundir. pára de ter medo. que medo só te enfraquece, só te diminui. e diminui tanto e tão rápido que daqui a pouco você nem alcança o espelho mais.
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