três noites mal dormidas tornam as coisas distantes, distorcidas e um pouco disformes.
a semana começa de perto e apertada, o tempo parece curto e ainda mais curto e tão curto que poderia fácil e delicadamente me engolir. dezenas de coisas para ser entregues, centenas por aprender e provar que foram aprendidas com mérito e êxito, duas palavras que eu não gosto muito não. eu poderia não fazer outro texto sobre o tempo, mas deve ser o surrealismo das coisas, das noites, da falta de sono quando o sono bate, das distorções das coisas e cores abstratas que eu nunca pintaria mas sei ouvir porque ouço a tanto tempo que é pouco tempo, já que como eu já disse o tempo anda curto. mas acontece que tempo não anda, tempo corre. ele é estúpido e totalmente desprendido e independente de mim e só vai devagar quando a gente precisa dele correndo como numa animação de ponteiros de relógio passando na velocidade da luz.
ele só desliza feito lesma quando se tem saudade.
domingo, 23 de novembro de 2008
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