quinta-feira, 28 de junho de 2007
psicosomatisado
a gente já coloca na boca sem querer. e fica mastigando, mastigando, mastigando pra ver se desce. bebe um gole de água e ah, finalmente! mas aquele bolo todo continua entalado na garganta como se fosse chiclete. não há água, saliva, tosse ou tapinha nas costas que resolva. maldição! tenta engolir mais uma vez, e outra e outra até que ah, outra vez, finalmente! mas desce rasgando feito espeto, unha de gato. melhor seria ter mandado pra fora, danem-se as normas da boa educação. mas agora já era! depois de um tempo, vc consegue até sentir aquilo chegar (e pesar) no seu estômago. mas dessa vez dá pra saber, não há enzima ou suco digestivo ou o escambau que resolva. vai ficar mesmo parado ali. te remoendo e corroendo feito úlcera, até vc sangrar por dentro e querer morrer de tanta dor. mas vc não morre, porque não é a toa que vc vive no ano de 2007, a tecnologia está cada vez mais avançada e não é por uma bobeira dessa que um homem morre. hoje em dia a gente só morre mesmo é do coração ou da visão, porque eles não dá pra enganar, tem desgraça de mais no mundo. e mesmo assim, as vezes ainda dá pra colocar um óculos escuro da Rayban e se esconder de tudo. mas voltando à tecnologia, é ai que vc toma uma dose cavalar de um remédio cavalar e o problema se dissolve, vc fica bom quase da noite pro dia. mas vc anda tão sem tempo e sem saco, que nem quis ler aquela bula gigantesca e não descobriu que aquele tal remédio-santo era a cura pra sua cabeça e só. foi ela, a sua própria cabeça, que matou a úlcera, os problemas, os vermes do seu estômago. mas vc nem se toca disso, porque na verdade, vc já nem se lembra (e muito menos se importa) do monte de merda que te fizeram engolir.
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