eu quase não escrevo à caneta, prefiro lápis ou teclado. quase não uso maiúsculas. prefiro o frio ao calor e sempre voto no bege. falo pra, tô, que nem e num.
das janelas cilíndricas (ou seriam ovais?) do avião eu via a neblina que encobria o mundo, com leves rabiscos feitos com giz de cera azul. mas afinal, quem é que haveria de andar ali? se bem que, cá entre nós, não seria má idéia. sentar bem ali na asa, cabelos soltos, perdidos na poeira do vento. e o mundo, visto lá de cima, que nem maquete.
e a morte devia ser assim, como eu já havia dito, mas agora podia ver: branca. o nada branco das nuvens. ou o nada branco, do azul. claro, escuro, marinho, anil. nada de cinza ou vermelho, eu bem sei. de certo, dos sonhos.
eu nem queria bem exatamente, mas voltar pra casa sempre tinha aquele gosto de cansaço e ressaca da vida que eu aprendi a gostar e mascar, como se fosse chiclete de morango.
domingo, 22 de julho de 2007
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2 comentários:
perfeito título =]
achei q só eu q observava esse escrito na asa e a sinalização de "proibido humanos", o q me dava mais vontade de um dia estar lá =P
ohohoooow!
desse jeito que você descreveu, eu também queria! /o/
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