sol sol sol. pra quê tanto sol assim, meu deus?! ele via pela janela as pessoas que passavam na rua com testas enrugadas pelo sol. maldita hora que tinham deixado ele sentar ali, onde o sol batia mais forte. de certo que era pra ver se ele derretia. mas eles não sabiam que era exatamente ali onde o sol batia, que batia também a brisa mais leve e doce que se pode haver. ele não lembrou disso exatamente, mas sabia que era a brisa que 'desaguniava'.
pra queê estudar aquilo, meu deus?! ele não via utilidade nenhuma em decorar a tabuada. decorar era tão feio e difícil. ele só sabia decorar quando ninguém mandava. sabia uma porção de música e até uns versos que a mãe ensinou. ensinou como quem num quer nada, porque conhecia o filho que tinha. queria ver o menino falar bonito que nem o povo da tevê. e num é que o menino tinha talento? vivia falando os versinho pelos canto, cantava uns sambinha velho e ela nem entendia direito. um dia perguntou: 'menino, essa música é do tempo que eu era noviinha! onde cê aprendeu isso?' ele riu e disse: 'aprendi vendo, mãe.'
e era assim que ele aprendia. só vendo. e como via! reparava coisa como ninguém mais. era danado que só. mas ficava aguniado era de ter que ficar com a bunda grudada na cadeira da escola vendo os outros repetirem a professora, enquanto a mãe lavava aquela pilha imensa de roupa sozinha. ficava entediado porque num dava conta, num podia ser assim. queria era sair pra fora. levantar e sair dali correndo, ganhar a liberdade que ele nem sabia o que significava. ele gostava da escola. gostava mesmo, tinha boas notas e tudo o mais, mas sentar na janela fazia ele pensar nessas coisas todas.
pra queê tanta nuvem, meu deus?! mas logo mudava de idéia, as nuvens refrescavam tudo. ou pelo menos era o que ele achava. ele olhava as nuvens brancas e o azul do céu, e lembrava de bola de gude e da mãe. mãe era bonita que só vendo, tinha um cabelo bonito que caía no rosto quando ela tava feliz. e ai ele abraçava ela e cantava porque sabia que ela gostava de ver ele cantar. aprendia as músicas pra ela. gostava de deixar feliz, fazia só pra agradar mesmo. mas no fundo o que ele mais gostava era dos versinho. as nuvens deixavam ele com vontade de fazer verso também. e foi olhando pra elas, espremendo o olhinho por causa do sol, que ele decidiu que ia ser gente grande. ia mesmo, só pra agradar a mãe. e ia ser grande fazendo os versinho que ele tanto gostava, que tanto queria, que tanto escrevia todas as vezes que olhava pro céu.
ps: bruninho, desculpa o plágio. roubei seu menino pra mim ;)
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
6 comentários:
ai
ai
ai, deh!
esse lance de ficar advinhando o que a gente pensa e fazer prosa com o pensamento alheio é bem falta de educação, viu?
hUAhAHhAHHAhHAhHAhHahahahAahhahHAhHAHahHAHAaaaaaaaadorei *-*
mas nem deu vontade de chorar.
homem não chora ;P
esse menino é o bruno? *-*
Legal a historinha! :)
Tava esperando você passar pelo Espelho para ver o texto-reflexo...
isso me lembra uma música que o menino me apresentou.
heaven done called, another blues stringer back home!
escreveu.. eu li...
fizemos nossa parte xD
agora que passo o clima tenso...
etceteraa terá mais conteúdo xD
saudade.. vamo faser oke em?
um beeijo
esse post tá virando minha leitura matinal diária xD
Postar um comentário