o certo seria se flutuasse perfeitamente. sem desvios ou escalas não programadas. sem nenhuma agitação desordenada ou buracos entre as nuvens. o certo seria uma espécie de linearidade.
mas não é. na maioria das vezes você não sabe a que veio nem pra onde vai. você se perde em seu próprio caminho. determina destinos que nunca nem sequer ousariam existir. e você programa as coisas, como se elas pudessem ser programadas.
mas, no fim, qual é mesmo o caminho errado? talvez sem momentos de desordem a viagem se tornaria entediante, monótona, e você pedisse pra descer na primeira possibilidade.
talvez seja por isso que existam as turbulências: pra transformar perspectivas. e reafirmar o amor.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
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3 comentários:
:)
Queremos ordem. O que nos vem, entretanto, é desordem. Entretanto,penso que a desordem (ou as turbulências) são aparentes: escondem, na verdade, uma ordem mais profunda, que não podemos compreender de todo. Nossa idéia de ordem é bastante limitada. Já a ordem profunda por trás da desordem aparente é tão sublime que chega a nos revelar a idéia de Deus. E de alguma forma está relacionada com amor.
É uma coisa que sempre pensei, e achei que casou tão bem com esse seu texto! Lê depois, vê o que acha.http://blogdojoao.wordpress.com/2009/04/20/ordem-na-desordem-a-metafora-do-xadrez/
Todo o pensamento - tudo muito lindo.
O caos: um copo de café esfria naturalmente nas minhas mãos; nada o faria esquentar novamente.
Meu picolé derrete naturalmente nas minhas mãos; nada o faria esfriar novamente.
Faz parte da nossa natureza desejar quente o que está esfriando, e querer frio o que está derretendo. Findando o desejo, o caos deixa de existir. Sem o desejo a vida vira existência apática. A turbulência não só é alternativa ao tédio: autoafirma a existência.
E o amor é o aio que nos mantém simultaneamente vivos e mentalmente sãos.
Turbulência humaniza.
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