quarta-feira, 10 de outubro de 2007

des-crença

dói. dói horrores, dói ainda mais minha gastrite, dói até o rim. e se eles cansaram... eu também cansei. cansei exatamente porque dói. eu não quero mais ver, nem ouvir. eu quero ignorar todos os jornais e telejornais e programas políticos. quero esquecer. quero perder a consciência. quero urgente, por favor!
não dá mais pra tentar ser diferente do comum, onde o comum é essa alienação fingida. melhor fingir que não ter. eu quero ter, quero me alienar. porque quando se pára (e pensa) essa desgraça em cadeia dói, ela afeta até meus filhos que ainda não foram feitos e eu nem sei mais se serão, porque eu não quero essa desgraça pra eles. e se eu desisto é porque perdi a fé. eu não enxergo mais uma salvação, uma solução, uma saída. não existe mais nem a esperança longíqua daquele comunismo que me soa tão utópico. não tem mais nem mesmo os bons e velhos hippies, hoje eles são só um bando de maconheiros, e olhe lá. todo mundo se contaminou. ou morreu. porque os bons morrem sempre jovens, as grande idéias morrem jovens e a esperança morre no jovem.
minha irmã tem mesmo absoluta razão, o que há é ser má. sendo má eu fico viva e me corrompo também.

3 comentários:

Anônimo disse...

não seja má, e nem se corrompa também ;T

Anônimo disse...

eles batem por que não há quem bata neles.
efiam uma agulha e depois dperceberem que não houve represália trocam a agulha por um punhal, o punhal por espada...
uma vez eu discordei de um moço que disse que não existe mudança sem revolução e nem revolução sem luta armada.
hoje eu já não tenho mais argumentos pra discordar do moço... =/

Aline disse...

tudo muito aceitável.. de mentira é claro. até porque a deborah que eu conheço(pouco, mas conheço) pode até achar que perdeu a esperança, mas ela não se corromperia também.

"e se eu desisto é porque perdi a fé"? eu sei que é só da boca pra fora. por mais descrente que sejamos, no fundo a gente sabe que mesmo se tudo explodir(acabar mesmo, bem apocaliptico), será o início da volta à normalidade.

ahhh deborah, não gosto desse niilismo :/